quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Gaslarm - Environmental Disaster (2017)

Leia a primeira parte dessa série aqui, e a segunda aqui!

"Environmental Disaster" é o 3° Full da One Man Band Gaslarm. O disco abre novos horizontes para banda, mesmo a brutalidade apresentada nos outros discos sendo um pouco menor, existe uma melhora significativa na técnica de instrumentação de Anders e consequentemente um melhor entrosamento entre os instrumentos. Conforme pode ser visto em "Revenge", a primeira (e longa) faixa do disco, com seus quase 12 minutos de duração. Os riffs buscados por Anders não cansam e combinam com a bateria de pedal duplo e simples. As Bridges da música possuem um pouco de influência do Power Metal americano, dando assim uma diferenciada dessa faixa para as demais. Mas o álbum todo é voltado para o estilo apresentado por Anders, aja visto a próxima faixa "False Messiah", que já se inicia frenética e com violentas pancadas na caixa da bateria que ao serem combinadas com uma veloz base nos remete a nomes com Razor, Exciter e Agent Steel. Os solos não são tão virtuosos como o restante das músicas, mas são satisfatórios, como o caso desta faixa, um solo simples, mas bem encaixado com os demais elementos.

"Gyroscope" é a faixa mais calma e 'lenta' deste disco compacto, mas mesmo assim, possui sua violência e agressividade, as únicas coisas que mudam, é a introdução e os refrões mais lentos, de resto, a velocidade toma conta da faixa. Um fato curioso nesta música é a presença de vocais femininos em determinada parte da música, abrindo assim uma nova cadeia de oportunidades e ideias pra banda. Em "Kill The Beast" temos um som que segue mais a pegada dos outros discos já lançados, riffs 'crus', bateria rítmica com algumas passagens mais rápidas e um baixo que apenas serve de sustentação para o som. Os vocais mais leves e ecoados dão um ar de som Old School que combina bem com a faixa. Já em "Crush The Stars" temos uma introdução dedilhada e bem suave, que após 37 segundos se transforma em riffs pesados e uma bateria com pedais duplos bem fortes. Os vocais nesta faixa são um pouco mais modulados, Anders trabalha com tons mais graves de sua voz em pequenas pontes, se assemelhando a comunicações de rádio (ao ouvir eu imaginei isso), como nas primeiras palavras ditas na música. As ligações dos riffs da música são feitas sem nenhum tipo de breakdown, afinal, estamos falando de Speed Metal. Novamente o "solo" apresentado deixa a desejar, sendo ele sem nexo e quase inexistente. "1066" conseguimos ouvir um som mais cadenciado e pesado. Porém, a faixa não segue nenhum padrão diferente do já apresentado, sendo assim, o solo é pouco envolvente e pequeno. O que salva a faixa é o uso (e o não uso) de alguns instrumentos de corda, afinal, o riff em que as guitarras cessam e o baixo assume a presença dão um 'up' na música. 

As duas últimas faixas do disco, tem uma presença mais rápida e abusiva, como "You're The Cause", riffs rápidos sustentados pelo baixo, uma linha de bateria extremamente Speed, e uma energia esmagadora. O que parecia ter seguido um caminho diferente, se mostrou ainda arraigado no íntimo de Anders. Já "Dark Twist of Fate" novamente vemos a boa evolução da técnica do músico, a construção do acústico com a parte mais agressiva da música é bem feita. Em sequência, temos um riff bem rápido e muito bem construído, seguido do ótimo acompanhamento da bateria. Os vocais entram muito bem na música, e dão o toque exato de qualidade na faixa. Uma ótima pedida para se fechar o disco.

Nota: 7,8

01 - Revenge
02 - False Messiah
03 - Gyroscope
04 - Kill That Beast
05 - Crush The Stars
06 - 1066
07 - You're The Cause
08 - Dark Twist of Fate

Redigido por Yurian Paiva

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